quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Visita ao Palácio da Brejoeira


Neste chuvoso dia, 7 de Outubro de 2010, a turma foi visitar o Palácio da Brejoeira, um domínio de 30 hectares, classificado como Património Nacional desde 1910, em Pinheiros, uma freguesia de Monção. Parece que quase todas as nossas visitas de estudo foram acompanhadas pela chuva. Oh destino!
            Ficamos à espera no átrio largo e espaçoso, rodeado de bonitos azulejos antigos, sentados em cadeiras à volta do hall, enquanto a nossa formadora foi comprar na recepção os bilhetes para a visita.

Passado um tempo, chega Aurora, a guia que nos vai acompanhar e informar durante a visita. Subimos pela majestosa escadaria em direcção ao jardim de inverno, para onde seguimos. Paramos a meio da escadaria que nos levará ao primeiro piso. Tem forma semicircular em ferro, vitrais coloridos e um busto de D. Manuel II, o último rei de Portugal. A nossa guia começa ali a contar a história do Palácio:    "começou a ser construído no século XVIII, por Luís Pereira Velho de Moscoso, um cavaleiro da Ordem de Cristo. As obras prolongaram-se até 1834, 28 anos após o seu início, em 1806, ou seja, durante as Invasões Francesas e os anos imediatos à restauração do reino após o regresso da corte que se tinha deslocado para o Brasil. Quando a construção foi concluída já estava à frente da casa Simão Pereira Velho de Moscoso, filho do fundador. Após a morte do morgado da casa, passou, em 1901, para as mãos de Pedro Maria da Fonseca Araújo, que efectuou algumas obras no palácio e no parque, sob a direcção do arquitecto Ventura Terra. Monumento nacional desde 1910, este palácio tem uma planta em L com duas grandes fachadas e três torreões. 600 Contos de réis, foi quanto custou, em 1937, a Francisco de Oliveira Paes, um industrial de Lisboa, o palácio para oferecer à filha. Hermínia Paes lembra-se como se fosse hoje: «Estávamos na capela, de visita, e o Pedreira, o empregado, aproximou-se de mim com uma almofada de veludo encarnado com um anho em cima e a chave do palácio. Disse-me: 'Aqui tens, minha filha, a chave da tua casa'»,



Subimos ao primeiro andar deste sumptuoso palácio seguindo a escada iluminada com gigantescos candelabros. Entramos na biblioteca, que dá acesso a amplos salões dispostos em sequência, e onde encontra-se uma vasta compilação do Diário de Lisboa e do Diário do Porto, este último de 1834, ainda do tempo do primeiro proprietário, um anuário histórico de 1822, e mais coisas raras."A Universidade do Porto vai catalogar tudo para posterior recuperação, digitalizar e criar uma base de dados", conta Aurora. O tecto assim como dois outros, o do átrio e o da sala de armas, são de origem. A mobília é de estilo oriental. Na sala dos retratos, onde está Hermínia Paes, aos 18 anos, o Marquês de Pombal e D. Maria II, o papel de parede foi todo pintado à mão, tal como os frescos do teto. O mobiliário é de estilo império. Ao lado fica a sala do rei, onde além do trono há um retrato de D. João VI. Há algumas peças de loiça Ming. Na sala de fumo, onde os nobres vinham fumar depois do jantar, encontramos mobiliário de estilo oriental com cisnes, o cisne sendo signo de poder para a nobreza, e mais peças de loiça Ming. Uma imensa mesa de vinte e oito lugares na sala de jantar deixa imaginar a grandeza antigamente. Tem ali pratas orientais. O tecto é pintado e não de madeira como pode parecer. Em cada ponta da sala há uma chaminé. A história diz que Salazar e Franco passaram no Palácio e que queimaram papéis em cada uma das chaminés. No quarto real ainda se podem observar os chinelos do monarca, a cama de dossel e o tecto pintado com elementos vegetais. Acabamos essa parte da visita com a sala de armas onde se encontram armas tradicionais africanas. Saímos pelo jardim, mas como estava a chover, não fizemos a visita do exterior. Seguimos pela capela onde as famílias assistiam aos serviços religiosos no primeiro andar, o ultimo andar sendo para os criados que só podiam ouvir e não ver o lado do altar. Concluímos com o pequeno teatro com seis filas de plateia para 48 pessoas. O cenário em relevo, repleto de flores, mostra em fundo uma reprodução da fachada. 


Tivemos ainda a sorte de ver a cava antiga e cheirar a aguardente velha, só o perfume uma delícia!



Não tivemos oportunidade de visitar a cave do Alvarinho sendo o período que mais se trabalha a seguir as vindimas, para não incomodar o pessoal que lá esta a tratar de fazer o vinho.



Reflexão da formanda Patrícia Vilas

domingo, 1 de agosto de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

ACTIVIDADE INTEGRADORA - NÚCLEO GERADOR 5 - TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS EM EMPRESAS DO CONCELHO DE VALENÇA E VILA NOVA DE CERVEIRA


No âmbito do Núcleo Gerador 5, a turma de Técnico de Apoio à Gestão da Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, procurou caracterizar através de um inquérito a implementação de Novas Tecnologias em 45 empresas dos Concelhos de Valença e Vila Nova de Cerveira. Para tal, no dia 16 de Julho de 2010, deslocámo-nos ao Parque Empresarial de Valença, à Zona Industrial de São Pedro da Torre e à Zona Industrial de Campos, com o objectivo de aplicar o questionário cujos resultados aqui se apresentam.





CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS




Na ZIC e ZISPT, onde o número de funcionários é maior, e cujo principal mercado é o internacional, predomina a Industrial (Fábricas). Enquanto que no PEV, as empresas são de menor actuam principalmente num mercado regional e têm a tendência para terem mais que uma actividade como armazém e comércio. A maioria das empresas de todas dimensão as empresas as zonas industriais fazem parte de um grupo de empresas. Apesar de a maioria das empresas fazerem a contabilidade num TOC Externo, quando esta é feita no local o programa preferido nas ZIC e PEV é o Primavera, na ZISPT usam outros programas.





PROCESSOS E PRODUTOS



Notou-se uma ligeira tendência em todas as zonas industriais para afirmarem que nos últimos dois anos adoptaram processos de produção novos ou significativamente melhorados. Estes processos são desenvolvidos na sua maioria pela própria empresa ou pelo grupo de empresas a que pertence. Quanto à introdução de novos produtos ou produtos significativamente melhorados, apenas na ZISP se notou uma maioria significativa de empresas que de facto o fizeram. Estes produtos na PEV e na ZISPT foram desenvolvidos principalmente pela empresa ou pelo grupo de empresa a que pertence, mas na ZIC são
desenvolvidos tanto pela empresa ou grupo que pertence como em colaboração com outras instituições. As empresas da ZIC e da ZISPT adquirem frequentemente equipamentos novos e conhecimento externo.





FORMAÇÃO




A maior parte das empresas do PEV e da ZIC e metade das empresas da ZISPT usam um sistema global de informação. A grande maioria das empresas do PEV e da ZIC consideram que este sistema facilita a organização entre serviços, Pouco mais da maioria das empresas de todas as zonas industriais admite ter formação ou qualificação profissional regular. No entanto, na maioria dos casos a formação é anual, apesar de ser considerada adequada às novas tecnologias. Quase a totalidade das empresas de todas as zonas industriais  consideram que o aumento das novas tecnologias influenciou o decréscimo no número de trabalhadores.





INTERNET E SERVIÇOS



Quase todas as empresas de todas as zonas industriais têm ligação à internet sendo esta ADSL. Praticamente todas as empresas das várias zonas industrias têm correio electrónico, mas quantoa sitio web, o número já é ligeiramente mais reduzido. No que diz respeito ao tipo de serviços e informações disponibilizados no sitio weba maioria das empresas dispõe de Catálogo, Localização e Caracterização da empresa. Apenas um reduzido número de funcionários por empresa é que necessitam da internet para desempenhar as suas funções.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Visita de Estudo ao Núcleo Museológico de Valença



Numa sessão da formadora Manuela Pedreira no dia 27 de Janeiro de 2010, fomos ao núcleo museológico de Valença, fazer uma visita de estudo, num ventoso dia de sol e bastante frio. Saímos do edifício da ex alfândega, subimos a pé as escadas indo as muralhas, passando pelo túnel para chegar ao lado da pousada de São Teotónio. Quando chegamos ao sítio, tivemos que esperar durante vinte minutos que a precedente visita acabasse, eram escolas primárias. Aproveitamos para ver um filme no Power Point sobre Valença, mas o desfile era tão rápido que nem tive o tempo de ler as legendas. Estive a olhar as várias imagens que eram lá expostas, fotografias sépia (tipo antigas) sobre a história ferroviária de Valença. Qual não foi a minha surpresa de aprender que a ponte internacional Tui-Valença, não foi realizada por Gustave Eiffel mas por uma empresa Belga. Foram-se embora os meninos das escolas, libertando assim a funcionária do núcleo que nos ia acompanhar durante a visita, fornecendo explicações sobre tudo que estava lá exposto.
Ela explicou-nos que o batimento onde se encontra o núcleo era, antigamente, antes de tudo, a Moradia Régia onde o Rei ou a sua comitiva ficava quando vinham a Valença e que data do século XIII. Mais tarde foi utilizada como prisão.
A exposição sobre a história ferroviária era ilustrada com imagens que foram feitas durante as obras. Em 1879 o projecto da ponte internacional, realizado pelo arquitecto Espanhol Pelaio Mancebo , vai permitir a ligação dos dois países.  Um preço por concurso público foi feito, sete empresas responderam e foram a concurso. Foi a empresa Belga Braine le Conte que ganhou por ter feito o orçamento mais baixo: 205 000 reis que foi dividido entre Espanha e Portugal; foi um orçamento errado porque no final, as obras custaram 1 500 000 pesetas a mais. As obras duraram dois anos e a inauguração foi realizada no dia 25 de Março de 1886, com um ano de atraso devido a um surto de cólera que apareceu em Espanha, a qual fechou todas as fronteiras vizinhas para não espalhar a contaminação. Vimos fotografias do “beijo” das locomotivas quando se encontraram na ponte. A ponte foi aberta ao trânsito só depois de verificar a resistência, fazendo-se vários testes de solidez, com dois comboios parados no meio para verificar se a ponte aguentava com o peso e também com os mesmos a passar a uma certa velocidade para ver a ponte suportava as vibrações. A funcionária contou que a gare actual foi feita pelos Franceses o que explica porque é tão bonita com tanta classe. Além das fotografias havia lá faróis de locomotivas, um grande que era posto na frente com um vidro amarelo e um outro mais pequeno com vidro vermelho que ficava na última carruagem para assinalar o fim do comboio. Funcionavam a petróleo ou óleo sendo este último o de melhor rendimento. Cada locomotiva a vapor nesta época tinha três faróis na frente para iluminar o suficiente. Também admirámos um quadriciclo de 1930 que era utilizado para verificar o espaço entre os carris. Na sala seguinte, dentro de uma vitrina protectora, vimos umas canecas datadas da inauguração, noutra montra um telefone antigo que servia para as comunicações de uma estação, noutra um chapéu de chefe de estação e vários elementos úteis nas vias ferroviárias. No último andar estavam alguns dos documentos da época, especificando a expropriação de certos terrenos que iam ser utilizados para a passagem do caminho de ferro. A locomotiva 23 que era utilizada nesse período pode se ver no museu de estação.




Numa sala pequena ao lado, uma maqueta da fortaleza de origem do século XII/XIII realizada para proteger a povoação das inúmeras ataques do vizinho espanhol. A fortaleza foi acrescentada de uma segunda parte, sendo unidas no meio com uma ponte levadiça, no século XVIII, inspirada do sistema abaluartado do engenheiro militar francês Vauban. È a mais importante e melhor conservada do alto Minho. Hoje a fortaleza é invadida pacificamente pelos Espanhóis que vêm cá fazer compras e visitas.
Na última sala estavam expostos resumos dos diferentes períodos indo desde a idade da pedra, de cobre, romana, etc.
Antes de irmos embora a formadora Manuela Pedreira tirou fotografias do grupo.
Eu fiquei muito surpreendida de aprender que não foi Gustave Eiffel que fez a ponte, mas que foi uma empresa Belga que a realizou, porque sempre ouvi dizer que foi o Francês que a tinha feito. Também gostei de aprender que o batimento da estação, que acho muito bonito e cheio de classe, foi construída por Franceses que mais uma vez demonstraram um saber fazer cheio de elegância. Como gosto de coisas antigas bem foi tentada de levar comigo o telefone velho mas estava fechado na vitrina. O que mais gostei foi a maqueta da fortaleza, tão bem feita com os soldados, os cavaleiros, a povoação e mais pormenores, isso tudo realizado a escala, respeitando exactamente o tamanho das personagens e dos edifícios. Eu gostaria de saber efectuar maquetas. Foi uma visita de estudo muito interessante que apreciei apesar de nem termos tido intervalo nesse dia.


Reflexão da formanda Patrícia Vilas